Jesus nos ensina, nesse trecho do Evangelho, que a sua palavra é como uma luz que ilumina a nossa vida e nos revela a vontade de Deus. Ele nos convida a não esconder essa luz, mas a colocá-la em evidência, para que todos possam ver e se beneficiar dela. Assim, somos chamados a ser testemunhas da verdade e da bondade de Deus, que não quer que nada fique oculto ou secreto, mas que tudo seja conhecido e manifestado.
Isso implica, por um lado, uma atitude de transparência e honestidade em nossa vida pessoal e comunitária. Não podemos viver na hipocrisia, na mentira ou na dissimulação, mas devemos assumir com coragem e humildade as nossas qualidades e os nossos defeitos, as nossas virtudes e os nossos pecados. Devemos também buscar a conversão e a reconciliação, pois nada fica impune diante de Deus, que tudo vê e tudo julga.
Por outro lado, isso implica também uma atitude de vigilância e discernimento em relação ao que ouvimos e ao que falamos. Jesus nos adverte: “Vede, pois, como é que ouvis”. Não podemos nos deixar enganar pelas falsas doutrinas, pelas ideologias ou pelas modas do mundo, que muitas vezes contradizem o Evangelho. Devemos ouvir com atenção e obediência a palavra de Deus, que é a verdadeira luz para os nossos passos. Devemos também falar com sabedoria e prudência, sem julgar ou condenar os outros, mas procurando edificar e evangelizar com as nossas palavras.
Jesus nos promete uma recompensa para aqueles que seguem a sua luz: “Ao que tiver, lhe será dado; e ao que não tiver, até aquilo que julga ter lhe será tirado”. Quem acolhe a palavra de Deus em seu coração e a coloca em prática na sua vida, recebe mais graça e mais luz de Deus. Quem rejeita ou ignora a palavra de Deus, perde até mesmo o pouco que tem. Por isso, devemos valorizar o dom da fé que recebemos e cultivá-lo com amor.
Carlos Amorim Junior
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